Entrevista a António Oliveira, Centro de Bem Estar Social de Santo Estêvão, está a tornar-se viral pela forma simples como aborda a sociedade Portuguesa.
Embora a entrevista tenha sido feita em 2018 está a ser partilhada no Facebook desde então, deixando elogios à forma simples como António Oliveira pensa e age na vida.
Para o responsável do Centro de Bem Estar, o início da vida foi “na Casa do Povo de Santo Estêvão, nos serviços administrativos, não estive lá muito tempo, apenas em substituição de uma pessoa que não podia trabalhar nessa altura. Posteriormente fui trabalhar para uma empresa que era da minha sogra, ligada à área da metalurgia e metalomecânica. Depois fui cumprir o serviço militar e de seguida, quando saí, já não quis trabalhar na família. Não quis misturar as coisas. Os trabalhadores viam-me sempre como alguém que era protegido da administração”.
Quando percebem que estavam a recrutar para o Centro Social da região, decidiu aceitar:
“Inscrevi-me porque queria estar mais perto de casa e da família. Na altura perdi salário, porque ganhava mais onde estava, mas ficava perto. Fui aceite, entrei para cá com mais cinco colegas e fui ficando. Hoje sou o único daqueles primeiros trabalhadores que entraram que ainda resiste”.
É no entanto a educação que o tira do sério: “As licenciaturas não dão educação a ninguém. A educação vem do berço. Ou a temos ou não. Não se aprende”, defende. Diz, já com uma certa idade, que queria ver os netos afastados dos ecrãs dos computadores para não ficarem tão apegados ao mundo digital.
“Nunca fui um sonhador, sempre tive os pés bem assentes no chão, sabia ao que ia. Adoro estar com os meus amigos. Um dos grandes prazeres que tenho é fazer uma refeição com eles. Sou capaz de passar um dia inteiro à mesa com amigos. A amizade é algo que eu prezo, nunca traí um amigo nem nunca o farei. A amizade é sagrada.”
A entrevista completa pode ser vista no Jornal O Mirante, e está a ser partilhada pela sua simplicidade de um homem sábio que diz algumas verdades que marcam as pessoas.