Situação foi denunciada por um deputado do PSD do Algarve no Facebook. Está aberta a discussão nas redes sociais, com muitas críticas à Federação.
O caso é contado na primeira pessoa por Cristóvão Norte, no Facebook:
“Esta é a Fatima Habib e as suas colegas de equipa dos sub-16 do Clube de Basquetebol de Tavira. A Fatima, 13 anos, foi impedida de defrontar, no domingo, o Imortal de Albufeira, depois de recusar despir a camisola que tinha vestida debaixo do equipamento oficial. Há mais de 3 anos que assim joga e está perfeitamente integrada.
A equipa de arbitragem não aceitou o argumento de que a sua religião lhe vedava também a possibilidade de mostrar os braços, tendo forçado a Fatima a abandonar o campo. As colegas foram-na resgatar, num cativante gesto de solidariedade, ao balneário, local onde se refugiou a chorar.”
No post, é mostrada uma foto com Fátima a segurar numa bola com a sua equipa atrás dela.
De acordo com o Jornal Económico, a Federação Portuguesa de Basquetebol disse que “não há equipamentos para uma religião e para outra”, tendo sido dito à jogadora para se “apresentar com o equipamento adequado, o que não aconteceu”.
Mas a Federação Internacional de Basquetebol desde 2017 que permite que as atletas tapem a cabeça, baços e pernas permitindo assim ao Irão disputar o campeonado feminino sub-16 de basquetebol.
As regras, segundo o mesmo jornal, também se aplicam a Portugal.
Parece que a Federação Portuguesa, essa, não as quis aplicar.
Disse ainda o deputado, que “trata-se de uma jovem de origem paquistanesa – completamente identificada com o nosso país de que provavelmente solicitará a nacionalidade – e que professa a sua religião, a qual, como qualquer outra, a remete para determinadas regras”.
O mesmo irá colocar amanhã uma questão ao Governo “sobre este assunto, para chamar a atenção ; educar é integrar, não excluir”.