Umberto Eco foi um pensador extremamente crítico ao papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, ele chegou a afirmar que as redes sociais dão o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas nos bares e locais discretos.
Ele ressalta : “os idiotas antes falavam apenas “em um bar e depois tomavam uma taça com vinho, sem prejudicar a coletividade”. Agora eles têm avatar, local e personalidade. Não são leitores de livros, muitos não têm formação acadêmica, mas comportam-se como doutores e exímios conhecedores do assunto que se propõe a debater.
A declaração foi dada em 2015, durante o evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália.
“Normalmente os imbecis eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”, disse o intelectual.
Segundo Eco, a TV já havia colocado o “idiota da aldeia” em um patamar no qual ele se sentia superior. “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”, acrescentou em entrevista a imprensa.
O escritor ainda aconselhou os jornais a filtrarem com uma “equipe de especialistas” as informações da web porque ninguém é capaz de saber se um site é “confiável ou não”.
Umberto Eco morreu em 19 de fevereiro de 2016, em Milão, Itália.
Fonte: omartelodenietzsche.com