O Banco de Portugal não divulgou as conclusões de uma auditoria que apurou que a Rioforte, empresa do universo do Grupo Espírito Santo (GES), tinha um buraco financeiro de 954 milhões de euros.
Esta é a conclusão de uma investigação feita pela SIC e divulgada no Jornal da Noite desta terça-feira.
De acordo com a pesquisa do jornalista Pedro Coelho, o Banco de Portugal pediu uma auditoria às holdings do GES, no terceiro trimestre de 2013. Essa primeira análise concluiu que a Rioforte, uma das sociedades do Grupo, tinha um capital positivo de 930 milhões.
Mas, três meses depois, o BdP solicitou uma nova auditoria à consultora PwC que concluiu que a Rioforte teria um buraco de 945 milhões de euros. Dados que não foram divulgados pelo BdP à banca, nem ao mercado, conforme refere a SIC, sublinhando que não conseguiu apurar as razões para essa tomada de decisão.
Ocultando os dados, o BdP deu garantias à banca e aos investidores que a Rioforte era uma empresa viável, com os prejuízos consequentes.
A SIC refere que um negócio efectuado dentro do GES “matou a Rioforte” que até então era “uma empresa saudável”. “O Banco de Portugal soube do negócio, mas desvalorizou as consequências”.
A queda da Rioforte acabou por afectar muito negativamente a banca, a PT e os accionistas que investiram no último aumento de capital do BES, refere a SIC.
O Banif foi um dos afectados neste processo, uma vez que o banco centrou toda a sua dívida na Rioforte.
Fonte: ZAP