Ângelo Correia esteve ligado a mais de 50 empresas.
Ângelo Correia, gestor e presidente das assembleias gerais de mais de 50 empresas nas últimas três décadas, também antigo ministro da Administração Interna num dos governos da AD, está na lista de beneficiários das subvenções vitalícias pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Recebe uma pensão de 2685,53 euros, desde janeiro de 1995.
Acumula esta pensão dourada com a reforma. O próprio confirmou ao CM a acumulação, embora sem adiantar os valores da reforma, quando questionado sobre a subvenção vitalícia.
“Já não exerço cargos privados. Estou reformado e é por isso que recebo essa subvenção na totalidade”, explicou. Conhecido por estar ligado a várias empresas, como a Fomentinvest, onde deu emprego a Pedro Passos Coelho, antes de este ser eleito primeiro-ministro e líder do PSD, Ângelo Correia foi também presidente da Câmara de Comércio Luso-Árabe.
Atualmente, o seu nome já não consta nos conselhos de administração das empresas às quais esteve ligado.
Uma simples análise à sua biografia pública confirma que este ‘barão’ do PSD foi gestor ou presidiu a assembleias gerais de mais de 50 empresas, auferindo salários e prémios milionários. Só a sua casa de Sintra está avaliada em vários milhões de euros.
São há muito conhecidas as suas ligações a empresários como Ilídio Pinho e Sousa Cintra. Recentemente, o seu nome apareceu nos 11,5 milhões de documentos da Mossack Fonseca.
O gestor, agora reformado, de acordo com o jornal ‘Expresso’, foi administrador da offshore Anchorage Group Assets, situado nas ilhas Virgens Britânicas.
Exerceu esse cargo durante nove meses, entre o fim de 2004 e meados de 2005. A empresa funcionava com ações ao portador, sendo impossível saber quem eram os verdadeiros donos. Confrontado com esse facto, Ângelo Correia disse que estava surpreendido: “Trabalhei para muita gente e pode ter sido que me tenham nomeado para essa empresa e eu tenha assinado.”
Fonte: CM
