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BES: Banco de Portugal gastou mais de 27 milhões em consultores

Despesa em assessoria financeira e jurídica aumentaram com a resolução do BES e a venda do Novo Banco

Desde a resolução do BES, o Banco de Portugal (BdP) já gastou mais de 27 milhões de euros em serviços de consultoria, assessoria financeira e jurídica e serviços de apoio jurídico, revelam os dados do Portal Base, que agrega os contratos feitos por entidades públicas. Nem todo aquele montante foi canalizado para os processos relacionados com a resolução e a venda do Novo Banco, mas o processo de alienação da instituição financeira consumiu grande parte da verba. Todos os contratos foram feitos por ajuste direto.

A adjudicação de maior montante resulta da contratação do BNP Paribas como assessor financeiro que começou a trabalhar no caso BES dias antes de ser anunciada a aplicação da medida de resolução a 3 de agosto de 2014. O valor do contrato é de 15 milhões de euros e tinha como objetivo assessorar a primeira tentativa de venda do Novo Banco, que acabou por ser suspensa.

A sociedade Vieira de Almeida é que tem mais contratos comunicados no Portal Base – um valor total superior a três milhões de euros –, mas este escritório representa o BdP em litígios relacionados com o BPP. Desde a resolução do BES, foram contratados outros escritórios portugueses e estrangeiros, como o britânico de Allen & Overy.

O órgão regulador contratou ainda o escritório Cuatrecasas, Gonçalves Pereira e Associados para assegurar o apoio jurídico especializado relacionado com questões de contencioso no âmbito do processo de aplicação da medida de resolução ao BES.

Mais polémicos Outro contrato assinado pelo órgão regulador e que ganhou alguma polémica foi o estabelecido com a TC Capital. Tratava-se de um contrato de 800 mil euros em que um dos sócios desta empresa de consultoria financeira tinha trabalhado no passado com um administrador do Banco de Portugal, António Varela. A escolha de Sérgio Monteiro, antigo secretário de Estado dos Transportes, também não foi recebida de ânimo leve. O ex-governante foi contratado pelo Fundo de Resolução para desempenhar a função específica de coordenar a equipa do Banco de Portugal que está a vender o Novo Banco.

 

Fonte: ionline