Embora o salário mínimo em Espanha seja pouco maior que em Portugal (cerca de 200EUR) o facto é que as botijas do gás custam mais do dobro aqui do que no país vizinho.
Em novembro de 2018 a agência Lusa noticiou que “os combustíveis são dos bens que os portugueses residentes junto à fronteira entre o Algarve e Espanha mais procuram no país vizinho, onde uma botija de gás pode custar quase metade do preço do que em Portugal”.
“Com uma garrafa de gás butano de 13 quilogramas a custar, em média, 26 euros em Portugal, a Agência Lusa esteve em Espanha e constatou que o mesmo produto pode ser adquirido por aproximadamente 14 euros em Ayamonte, localidade espanhola separada de Castro Marim e Vila Real de Santo António pelo rio Guadiana”, pode-se ler na mesma notícia.
Mais, na altura foi indicado ainda que “a média de preços é de 26 euros em Portugal, mas o valor das botijas pode variar consoante as marcas e as localidades, podendo alcançar os 29 euros, o que leva muitos portugueses a dirigirem-se aos postos de combustíveis mais próximos da fronteira para comprar este bem”.
Em 2017 também a Abril Abril falou deste tema, dizendo que de acordo com uma denúncia da DECO com base num relatório de 2014 intitulado “Análise do Mercado de Propano e Butano engarrafado e sua aproximação aos preços do Gás Natural”, se podia ler que o “preço mínimo observado no Butano é superior em 50% ao preço do Gás Natural (GN)”.
De acordo com o mesmo estudo, o problema está nas “margens de distribuição e logística associada à botija e ao seu transporte”.
Ou seja, o problema pode também estar associado aos combustíveis, que também em Espanha se sabe serem mais baratos.
Agora que estamos em tempo de eleições, convém perguntar aos nossos governantes o que fazer perante esta situação que afeta milhares de famílias todos os dias, com especial destaque para as zonas que não são cidade e onde o gás natural não chega.