Este é mais um caso de “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”. Por um lado, André Ventura defende determinadas coisas. Mas por outro, não as cumpre.
Estávamos a poucos dias da data das eleições legislativas de 2019. André Ventura, em entrevista ao Kuriakos TV, disse que “Sim, eu vou estar em exclusividade porque tenho de dar o exemplo; não pode ser só falar.”.
Ventura referia-se à situação em que deveria ficar em exclusivo como deputado, não recebendo mais qualquer salário.
No entanto, contactado pelo Poligrafo, André Ventura desmentiu isso:
“Sempre disse em todas as entrevistas que dei que me ia manter como comentador, e que ia manter a minha atividade na televisão”.
O que se prova é que na entrevista que deu, disse outra coisa.
De acordo com a investigação feita pelo mesmo órgão de comunicação social, “na página de André Ventura do site do Parlamento, no separador “Registo de Interesses” pode ler-se que o deputado pelo Chega acumula, em conjunto com a função de deputado, duas outras atividades profissionais: comentador na Cofina Media S.A. (desde 2014) e consultor na Finparter S.A, uma empresa de consultoria, contabilidade e fiscalidade (desde 2019)”.
Já no Manifesto Político do partido, que se intitula “70 Medidas para Reerguer Portugal” pode ler-se no separador referente à Justiça, alínea 15: “Implementar a obrigatoriedade da exclusividade no exercício do mandato de deputado”.
O que achas de tudo isto?