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Contas dos partidos: PS e CDS em falência técnica, PCP com mais dinheiro no banco

O PCP tem milhões no banco, PSD e BE têm contas equilibradas e PS e CDS estão num estado de falência técnica.
Esta é a informação que está na Assembleia da República.

O resultado apresentado anualmente, de forma obrigatória, á Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) em relação a 2018 permite tirar estas e outras conclusões.
Embora em relação a 2017 alguns partidos tenham melhorado, há algumas fragilidades nas contas de quem nos governa.

Vamos às contas:

Em 2018 o PCP tinha 3 milhões no banco. Um valor superior aos valores apresentados pelos outros partidos, PS, PSD, CDS-PP, Verdes e PAN. E mesmo com este valor no banco, o PCP registou um prejuízo na ordem dos 825 mil euros, considerando os ativos e passivos daquele ano.

O PS é que não está bem de finanças. Terminaram o ano de 2018 com um passivo de 20.53 milhões de euros, menos 8 milhões do que no ano passado mas ainda assim um dos piores valores. Se a este valor forem subtraídos os ativos do partido (na ordem dos 16 milhões de euros), é possível concluir que o PS terminou o ano com um capital próprio negativo de 4,53 milhões de euros — ou seja, em falência técnica, avança o Observador.

Em declarações citadas pelo Observador, o diretor-geral do PS, Luís Patrão, afirma que “o mais importante é o facto de o partido ter vindo a reduzir de forma sustentada o seu passivo nos últimos anos” e que “todos os meses estamos a cumprir com o plano de pagamentos”.

Já longe dos socialistas, mas ainda com uma nota pouco positiva, está o CDS, que termina o ano de 2018 com um passivo superior aos ativos: 1,07 milhões de euros contra 613,46 mil euros. Com um capital próprio negativo de 456 mil euros, o CDS-PP está também tecnicamente falido. “Temos vindo a reduzir custos. E em 2018 tivemos, pela primeira vez, um resultado positivo. Estamos a baixar a nossa dívida”, diz o secretário-geral do PCP, Pedro Morais Soares.

O partido liderado por Rui Rio, o Partido Social Democrata, tem um saldo positivo de 20 milhões de euros, diminuindo o passivo de 14 milhões em 2017 para 9,77 milhões.

O Bloco de Esquerda tem um passivo de cerca de 170 mil euros e bens no valor de 3,13 milhões de euros e o PAN tem um passivo de 25 mil euros apenas, contra os ativos de 200 mil euros.

Contas feitas, os partidos com assento na Assembleia da República apresentaram um passivo de 34,94 milhões de euros no ano passado.