O caso bizarro aconteceu no Montijo e está a gerar polémica. A agência do Montijo da qual a proprietária era responsável não conseguiu cumprir com o prometido. Agora o tribunal ilibou-a.
Paula era proprietária de uma agência de viagens no Montijo. Chegou a tribunal acusada de burla qualificada por ter lesado 84 clientes que pagaram as suas férias e viram as férias estragadas em agosto de 2018. Foi detida pela PJ e ameaçada por quem não tinha as suas viagens. Em causa estavam 214 mil euros.
A empresa, entretanto declarada insolvente, encerrou. O Fundo de Garantia de Viagens e Turismo pagou 175 mil euros a quem recorreu à agência. O resto ficou simplesmente perdido.
Foi ilibada pelo tribunal porque não estavam preenchidos os pressupostos para a condenação e não teve ainda que pagar qualquer indemnização ao fundo.
“Não há qualquer ato por parte da arguida que possa ser considerado astucioso ou ardiloso”, concluiu o Tribunal de Almada, no dia 12 de março, citado pelo DN.
As juízas do coletivo decidiram pela absolvição porque a gerente da empresa, de 34 anos, não quis enganar ninguém.
A empresa, Pacote Glamour, alertou os clientes para recorrerem ao fundo, o que a maioria fez. O Turismo de Portugal chegou a emitir um comunicado dizendo que “todos os consumidores que recorreram aos serviços da agência Pacote Glamour Viagens e Turismo”, para estabelecerem “um contacto prévio com os respetivos fornecedores dos serviços no sentido de aferirem se as suas reservas, e respetivas condições, se encontram asseguradas”.
Paula ficou viciada no jogo online. Não conseguiu sair do vício e por isso não conseguiu cumprir os compromissos financeiros que a empresa tinha. Ela já tinha uma condenação em Nelas e uma pena de multa por falsificação de documentos.
Perante isto tudo, o tribunal entendeu não a condenar. O DN tem mais informações sobre o caso, se quiseres ir ler.