O Parlamento reconhece que não faz controlo nem cruzamento de dados acerca da morada dos deputados.
Desde Outubro de 2015, quando começou a legislatura em curso, que os deputados gastaram €3,7 milhões em deslocações. Este valor é pouco inferior ao registado em 2016, em cerca de 100 mil euros.
Contudo, o Parlamento reconheceu que não faz controlo nem cruzamento de dados acerca da morada dos deputados, por eles indicada no registo biográfico.
Em 2017, os deputados gastaram €1,6 milhões em deslocações, indicam os dados fornecidos pela Secretaria-Geral da Assembleia da República ao Jornal de Notícias.
O valor das ajudas de deslocação é adicionado ao salário-base de €3426,48 caso o deputado não esteja em exclusividade. Cada quilómetro vale €0,36 e compreende uma viagem de ida e volta semanal.
Quem mora na Madeira ou nos Açores, ou foi eleito pelos círculos da Europa ou Fora da Europa, tem um bilhete aéreo em classe económica pago.
Entre os deputados que mais recebem com as ajudas de deslocação, encontram-se Carlos Páscoa Gonçalves, deputado pelo círculo Fora da Europa que mantém residência no Brasil, e Rubina Berardo, que mora na Madeira e representa o mesmo círculo eleitoral.
Os deputados também são pagos pelas viagens de contacto com os cidadãos dos diferentes círculos eleitorais.
Fonte: Sábado