Fazendo as contas, somando todos os deputados, dá uma média de 6.156 mil euros a cada um.
Já se sabia que a palavra do deputado faz fé. Está na lei. Não é preciso provar nada em certas ocasiões, já que o a palavra do deputado é considerada uma palavra verdadeira.
Mas provavelmente poucas pessoas sabiam que há deputados a irem a casa e serem pagos por isso – sem terem que apresentar faturas de absolutamente nada.
Se fosse no setor privado (ou mesmo na maioria do setor público) esta era uma situação impensável. Mas não para os deputados Portugueses.
Em 2018 a Assembleia da República gastou 1.3 milhões de euros apenas com deslocações de deputados. O regulamento prevê um pagamento ao quilómetro de 0.36 cêntimos. Este quilómetro é calculado entre o parlamento e a residência do deputado. E para isso é calculado uma deslocação terrestre, num carro particular.
Quem optar pelos transportes público acaba por ganhar ainda mais, pois são mais baratos.
“Exemplificando: um eleito pelo Porto recebe, em média, 108 euros pelos cerca de 300 km percorridos, mas de comboio o bilhete custa 31,20 euros no Alfa e 19 euros na Rede Expressos. O montante varia consoante a deslocação e podem acrescer custos adicionais, como táxis”, analisou o Jornal de Notícias.
Todos os partidos, à exceção do PS, admitiram na altura querer mexer nestas regras, mas nada foi dito em concreto.
O Polígrafo verificou ainda toda esta informação, que considera como verdadeira.
Na sua análise o site de fact-checking afirma que “os factos veiculados neste artigo jornalístico estão corretos e podem ser conferidos no Estatuto dos Deputados e também no respetivo Estatuto Remuneratório. Importa porém ressalvar que o valor de 6.156 euros é uma média entre os referidos 213 deputados”.