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Desvia 250 mil euros do Estado para sexo em motéis

Funcionário da Estradas de Portugal falha início de julgamento e é alvo de mandado de detenção.

António Paiva Costa, funcionário da delegação de Braga da Estradas de Portugal acusado de lesar o Estado em 250 mil euros para gastar em encontros sexuais, não compareceu no início do julgamento, esta segunda-feira, no Tribunal de Braga. O coletivo de juízes emitiu um mandado de detenção, sem sucesso até ao final da audiência, que decorreu com a presença da advogada oficiosa – que não teve contacto com o arguido.

O esquema era simples e beneficiava o funcionário da Estradas de Portugal – que desempenhava funções de tesoureiro e, por isso, tinha acesso a cheques que eram entregues à empresa. Rasurava-os, colocava as iniciais do seu nome e depositava-os em contas pessoais. Com recurso a colagens, fotocópias e corretor líquido, falsificava as guias referentes à entrega dos cheques. A PJ de Braga detetou o uso do dinheiro de seis contas do funcionário para pagar motéis e várias refeições em restaurantes de luxo.

Uma das funcionárias que participou na auditoria interna, realizada na sequência do desvio do dinheiro, explicou ontem que “foi a gestora de contas da empresa que alertou para o sucedido”. “Ele depositava os cheques-caução que as empresas nos enviavam na sequência de obras que podiam comprometer os nossos bens e que devolvíamos no prazo máximo de cinco anos. Ainda hoje não conseguimos calcular o prejuízo ao certo porque há empresas que provam o envio do dinheiro e nos pedem a devolução, mas nós não temos sequer o registo de entrada”, contou Olga Cruz.

Fonte: CM