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Doentes com cancro só recebem pouco mais de metade do seu salário bruto em caso de baixa médica

A verdade é que quem tem cancro já tem uma vida mais do que difícil. Mas há algo que também não ajuda: o baixo ordenado que recebem.

Um doente com baixa média por cancro pode receber entre 55% a 75% do salário bruto, sendo que 75% é um valor máximo.

Tudo isto além de terem que lidar, por vezes, com a iminente morte nos casos mais agudos.

Apesar do aumento de encargos, o Estado trata, em caso de baixa médica, os doentes oncológicos como os restantes, atribuindo-lhes entre 55% a 75% do seu salário bruto. Vários doentes do Polígrafo solicitaram uma verificação de factos, investigou o Polígrafo.

Em Portugal os únicos casos onde a baixa é comparticipada 100% é apenas no caso da gravidez de risco.

“Os doentes ficam debilitados e têm, naturalmente, de fazer face a custos suplementares”, afirma a líder da Associação Amigas do Peito que apoia doentes com cancro da mama.

 

No entanto, embora o salário não seja recebido por inteiro, os doentes oncológicos gozam de outros privilégios:
– Dependendo do seu grau de incapacidade podem não pagar taxas moderadoras, consultas ou exames;
– Têm comparticipação de 90% nos medicamentos analgésicos como os opiáceos;
– Têm direito à comparticipação das despesas de deslocação para assistência médica e tratamentos;
– Têm benefícios fiscais quer em sede de IRS, quer em sede de IVA;
– Também gozam de benefícios estatais no acesso ao crédito à habitação;

 

Queres mudar isto?

Um grupo de cidadãos criou uma petição para que os doentes oncológicos consigam, tal como as grávidas de risco, que a baixa seja paga por inteiro. É um passo importante na “humanização” da doença. A petição já tem 89 mil assinaturas e pode ser assinada aqui.