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Em 2018 Portugal teve a terceira dívida total do Estado mais alta do mundo

O relatório entregue no ano passado pelo Governo ao Parlamento esclarece e não deixa margem para dúvidas. O FMI também tem “opinado” sobre a dívida dos Estados, incluindo a de Portugal.

Quando o Programa de Estabilidade 2018-2022 foi entregue no Parlamento pelo Governo, em abril de 2018, o Governo fixou uma meta de 122,2% do PIB para 2018 e e de 102% em 2022.

Mas somando todos os valores, como o Expresso somou, chegamos à conclusão que a dívida do estado é a terceira mais alta do mundo. Não é apenas da Europa mas sim do mundo.

“AAlém do endividamento ‘normal´, se contabiliza o valor atualizado do aumento esperado na despesa com pensões e cuidados de saúde entre 2017 e 2050”, disse o mesmo jornal.

De acordo com um relatório divulgado pelo FMI na altura, apenas o Japão e os Estados Unidos têm dividas superiores à nossa.

As pensões são a menor parcela deste bolo. Já as mais altas são a dívida pública (125.7% em 2917) e a despesa com a saúde (75% do PIB).

Para o FMI, o elevado endividamento dos países é uma real preocupação. Vitor Gaspar, ex-ministro de Passos Coelho, falou na altura numa conferência de imprensa pedindo que “construam finanças públicas sólidas nos bons tempos”. Esta é uma recomendação que Portugal deveria seguir nos próximos anos, e que é particularmente importante para o país. Isto porque, além da dívida pública no “top”, temos também a pior situação orçamental para que possa reagir a eventuais choques económicos na Zona Euro.

O FMI criou em 2015 um programa denominado “coeficiente de estabilização orçamental” (FISCO, no acrónimo em inglês) e Portugal também não está nada bem nesta parte, já que o coeficiente do nosso país está pouco acima de 0, o mais baixo de 13 economias desenvolvedoras, ficando abaixo de Itália e Grécia e muito distante da Bélgica e Espanha.