CGD e AICEP com buraco em crédito à Artlant.
A construção da fábrica da Artlant em Sines, incentivada pelo governo de José Sócrates e Manuel Pinho e que tinha por objetivo ajudar a ‘salvar’ a petroquímica catalã La Seda, foi ruinosa não só para a CGD, mas também para o Estado.
A AICEP é um dos credores da empresa e reclama quase 35 milhões de euros. A instalação da unidade para produzir polipropeno – usado no fabrico de PET, base das embalagens de plástico para alimentação – foi considerada Projeto de Interesse Nacional (PIN) pelo executivo.
Essa indicação foi dada à Caixa Geral de Depósitos, tendo o governo alertado a gestão do banco – onde estavam Carlos Santos Ferreira e Armando Vara – de que a participação da CGD e da Imatosgil na La Seda devia ser gerida em conjunto, apurou o CM junto de ex-administradores.
As mesmas fontes adiantam que Fernando Freire de Sousa, marido de Elisa Ferreira e então gestor da La Seda, foi dos mais entusiastas defensores do projeto em Sines.
A CGD foi financiadora da La Seda, Artlant e Selenis, investiu na La Seda e na Artlant e promoveu o projeto em Sines. Segundo o ‘Público’, o banco arrisca perder 900 milhões.
Segundo o Processo Especial de Revitalização da Artlant, a CGD é credora de 529 milhões. A AICEP, que financiou parte do projeto, tem a haver 34,6 milhões.
Fonte: Correio da Manhã