Diogo Lacerda Machado foi nomeado para júri do concurso internacional que escolheu helicópteros Kamov e representou a Motorola, cujos aparelhos foram comprados por António Costa para o SIRESP
“Não há opacidade má de direita e opacidade boa de esquerda. Há falta de transparência, de rigor, na gestão da coisa pública, e a expectativa de que os portugueses possam ser tomados por parvo, pro bono ou por 2 mil euros brutos”, escreveu Galamba no artigo intitulado de “Temos paquiderme na loja”.
Enquanto foi ministro da Admnistração Interna, durante o primeiro governo de José Sócrates, António Costa quis anular os contratos de adjudicação do SIRESP, com um grupo da Sociedade Lusa de Negócios, e chegou a pedir um parecer à Procuraria Geral da República. Tal não veio a acontecer. Costa acabou por renegociar contratos desta parceria público-privada, dizendo que estes iriam representar grandes poupanças para o Estado.
Segundo Galamba, o “amigo de Costa” fez parte desta negociação e da compra dos helicópteros Kamov. “Era bom que o alegado novo tempo trouxesse mais transparência e mais escrutínio popular”, defendeu ainda o socialista no artigo de opinião, acrescentando que “o primeiro-ministro defendeu um novo patamar de referência para futuro. Certamente tudo será diferente, transparente e sem ziguezagues em função da salvaguarda da manutenção do poder pessoal”.
Fonte: Expresso