É uma vergonha que aconteceu durante vários meses num hospital público. A água quente é das coisas mais básicas que temos… mas pelos vistos para uma democracia destas não é assim tão básico.
Entre setembro de 2019, em dia não apurado, e 20 de janeiro de 2020, o serviço de urgência do Hospital de Santarém esteve sem água quente.
Isto parece mentira, mas aconteceu realmente. Não é uma notícia falsa e foi até inclusive confirmada pelo Poligrafo, o site de fact-checking Português.
Pareci que o post originou no site Direita Política e refere nos comentário coisas como “É verdade, os enfermeiros desse hospital comunicaram a situação ao sindicato, indicando que se tratava de um problema técnico”, revela Guadalupe Simões.
Já Paulo Sintra, por seu lado, esclarece: “As torneiras do serviço de urgência do HDS estavam sem água quente desde setembro porque uma conduta rebentou”.
Será mesmo que a conduta rebentou, e se sim, porque demoraram tanto tempo?
Paulo Sintra, diretor clínico do Hospital Distrital de Santarém (HDS), explica: “a demora em avançar com o reparo prendeu-se com o facto de no hospital público haver sempre um processo burocrático para podermos fazer manutenções. Temos de alocar dinheiro que não temos e pedir autorização aos ministérios que nos regulam – o que leva sempre algum tempo”.
A mesma fonte diz que isto não afetou o serviço prestado aos doentes, mas será que era preciso tanto tempo para reparar uma situação destas?
Mais uma vez as burocracias do estado a funcionar…