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Idoso vive nas urgências do Hospital há mais de um mês

Abandonado pela família, um idoso de 89 anos está a residir no Hospital de Barcelos há cerca de mês e meio. O homem está a viver na área de urgências daquela unidade hospitalar depois de os familiares terem dito que “não o querem de volta”.

Segundo reporta o Jornal de Notícias, um homem de 89 anos está a viver efectivamente nas urgências do Hospital de Barcelos há cerca de um mês e meio. O idoso terá sido abandonado pela família na unidade hospitalar.

Os responsáveis do hospital asseguram que os familiares do octogenário foram contactados várias vezes, mas que têm repetido que “não o querem de volta”.

A situação já terá sido reportada ao Ministério Público no passado dia 4 de Junho, mas o idoso continuar a residir nas urgências do hospital, realça o JN. Os casos de abandono de idosos são uma realidade que afecta vários hospitais pelo país, com custos para as respectivas unidades.

Este tipo de casos são mais recorrentes nas épocas de Verão e no Natal, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Abandono de idosos: Parlamento rejeitou criminalização

As propostas dos deputados do CDS-PP e do PAN para criminalizar o abandono de idosos nos hospitais e unidades de saúde, apresentadas em fevereiro deste ano, foram rejeitadas hoje no Parlamento.

Segundo reportou então a revista Sábado, as iniciativas foram chumbadas pelos deputados maioria parlamentar PS, PCP e Bloco de Esquerda, que consideram que com estas propostas haveria o risco de criar direito penal apenas para os pobres.

Além do abandono de idosos, o CDS-PP queria criminalizar a rejeição ou condicionamento da entrada de um idoso numa instituição de acolhimento quando ele se recusasse a doar o seu património ou a pagar valores superiores à mensalidade estipulada.

A proposta centrista previa também o agravamento das penas por difamação, injúria e burla quando a pessoa for indefesa em função da idade.

Citado pela Sábado, o deputado socialista Fernando Anastácio defendeu respostas sociais ao problema do envelhecimento e da protecção de idosos, enumerando medidas em desenvolvimento, e rejeitou a criminalização dos eventuais abandonos.

Para o parlamentar do PS, “as respostas, essencialmente, devem ser dadas no plano social e não no plano criminal” porque “procurar responder as estas matérias na perspectiva criminal é uma não percepção do problema e não encará-lo de frente”.

Fonte: ZAP