Mariana vive em casa de amiga e Joana num prédio da família.
O Bloco de Esquerda foi o partido que mais defendeu mexidas no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de tal forma que a taxa adicional de IMI foi batizada de Imposto Mortágua. Mas, curiosamente, a deputada que dá nome ao imposto, assim como a irmã, não pagam renda nem IMI.
Segundo o BE, “nenhuma delas é proprietária de imóveis”, logo, não pagam IMI, e “nenhuma das duas é inquilina”, ou seja, não pagam renda.
Mariana Mortágua vive “em casa de uma amiga de infância”, num segundo andar de num prédio de três pisos em Campolide, Lisboa.
De acordo com a oferta no mercado, arrendar um T2 nesta freguesia varia entre 550 e 950 euros por mês. A deputada, natural de Alvito, Beja, vive em Lisboa desde os tempos de estudante universitária e nunca adquiriu casa, segundo as declarações entregues no Tribunal Constitucional, consultadas pelo CM.
O mesmo acontece com a irmã. Joana Mortágua também não tem casa própria. Vive nas Avenidas Novas, perto do ISCTE, a dez minutos de carro da casa da irmã. De acordo com o Bloco de Esquerda, Joana Mortágua “vive num apartamento da família”.
Já Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, é proprietária de um T2 de 1998, em Gaia, a meio caminho entre o edifício da autarquia local e um parque infantil.
Do crédito à habitação a 40 anos que contraiu junto do Montepio, falta amortizar 78 mil euros.
O BE assegura que “todos os dirigentes e deputados” do partido “cumprem todos os deveres de transparência”.
Fonte: Correio da Manhã