Parece mentira mas há mais militares que mandam do que militares que seguem as ordens…
Foram mil os militares que abandonaram as Forças Armadas nos primeiros três meses do ano. Um número que evidencia a falta de pessoal para as Forças Armadas Portuguesas e que tem preocupado várias associações de militares.
Há até quem defensa que o serviço militar obrigatório seja uma realidade no nosso país.
De acordo com o Ministério da Defesa, em 2018 havia em todos os ramos das Forças Armadas um total de 11. 369 praças, 8.738 sargentos e 6.905 oficiais — representando os militares das categorias superiores, em conjunto, 15.643.
Ou seja, há uma diferença de cerca de quatro mil homens.
Mas o problema não é apenas nas Forças Armadas. A Força Aérea sofre do mesmo problema: havia no mesmo ano de 2018 um total de 1.944 oficiais e 2.620 sargentos para apenas 1.390 praças.
Os salários baixos são a principal desmotivação dos ex-militares que saem em busca de melhores condições.
“Há sargentos a fazer trabalho de praças e oficiais a fazer trabalho de sargentos, e as pessoas sentem-se desmotivadas. É muito mau”, diz António Mota, tenente-coronel da Força Aérea e presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas.