JN garante que estão sob investigação as épocas 2013/14, 2014/15 e 2015/16, no chamado caso dos “vouchers”
A Polícia Judiciária está a investigar as temporadas 2013/14, 2014/15 e 2015/16, no processo-crime dos “vouchers” , segundo avança o Jornal de Notícias. Em causa, diz o jornal, estão “presentes oferecidos a árbitros nas três épocas em que o Benfica se sagrou campeão nacional de futebol”. Os crimes sob investigação serão corrupção desportiva na forma ativa e também na forma passiva.
O processo surgiu após a denúncia do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, num programa de televisão, enviada depois pela Federação à Procuradoria-Geral da República.
No dia 18 de outubro, o Ministério Público – DIAP de Lisboa confirmou que foram realizadas buscas na SAD do Benfica, com vista à recolha de provas para um processo que está a dirigir. “Confirma-se a realização, no âmbito de um processo dirigido pelo Ministério Público – DIAP de Lisboa, de buscas com vista a recolha de prova” e que as “diligências tiveram lugar no passado dia 11 de outubro”.
Segundo o JN, a PJ procurava documentos que permitissem perceber o custo associado aos presentes, mas terão levado apenas cópias dos vouchers e um exemplar do “Kit Eusébio”.
A direção de comunicação do Benfica informou nesse dia que “a investigação resultou de uma iniciativa e participação expressamente feita pelo Benfica à Federação Portuguesa de Futebol, para que apresentasse queixa ao Ministério Público”.
O Benfica reiterou o seu empenho no “cabal esclarecimento e célere decisão” do denominado ‘caso dos vouchers’, espoletado pelas denúncias de Bruno de Carvalho.
Em comunicado, e “na sequência de notícias vindas a público sobre o processo”, os tricampeões nacionais de futebol relembraram que, após as “insinuações e acusações”, feitas a 05 de outubro de 2015, “solicitaram à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que remetesse uma participação às instâncias competentes, visando promover a averiguação da situação referida no mais curto espaço de tempo”.
Num programa televisivo, entre outras acusações, Bruno de Carvalho referiu que o Benfica fazia ofertas de cortesia a equipas de arbitragem em todos os jogos que poderiam atingir um valor global por época a rondar os 250 mil euros.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) remeteu para o Ministério Público competente uma participação da FPF sobre as declarações do presidente do Sporting sobre aliciamentos a árbitros.
A 27 de janeiro deste ano, no âmbito da justiça desportiva, a Comissão de Instrução e Inquéritos (CII) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional anunciou o arquivamento do processo decorrente das afirmações do presidente do Sporting sobre as ofertas do Benfica a árbitros.
Fonte: JN