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Juiz julgado por “atormentar” ex-mulher com mensagens

Foi um juiz, que devia ser um julgador imparcial, ele próprio a atormentar a sua antiga companheira.

 

O STJ – Supremo Tribunal de Justiça confirmou que vai a julgamento um juiz de Famalicão por, alegadamente, ter cometido o crime de violência doméstica por telefone, sms e correio eletrónico.

O juiz, Porfírio Vale, viu o seu recurso ser negado e vai mesmo a julgamento por estes crimes.

De acordo com a informação disponibilizada, o juiz, de 46 anos, após o divórcio ocorrido em finais de 2015 passou a “atormentar” a antiga companheira por correio eletrónico, chamadas telefónicas e SMS.
O mesmo documento diz ainda que o juiz, agora arguido, “notoriamente nunca quis” o divórcio, apesar deste ter sido feito por comum acordo.

A acusação a que a Sábado teve acesso diz que “resulta singela e indiciariamente que o arguido, a pretexto de resolver aspetos de regulação do poder parental e das partilhas”, tentou intimidar e controlar a ex-companheira, “comprometendo a sua autoestima” e ofendendo a sua honra e consideração.
Sublinha ainda a “reiteração, permanência, gravidade e intensidade” das condutas do arguido demonstram “um total desrespeito” pela dignidade da ex-mulher.

A antiga companheira, na sequência do comportamento do juiz, ficou “completamente desorientada, manietada e sem conseguir sequer trabalhar, mormente fazer cirurgias”, tendo tido uma “grande perturbação psicológica”.

O juiz está acusado de dizer à esposa que “não iria ter contemplações” para com ela e que lhe iria “desgraçar a vida”.

É ainda acusado de frases como “Vou-te fazer tanto que te vais rastejar pelo chão e no chão vou-te pisar a cara”.

O caso vai agora para Tribunal, aguardando-se o desenrolar do julgamento.