Três pessoas foram detidas por espancamento à saída de um bar mas nunca ficaram presas, mesmo sem cumprir apresentações à polícia.
O grupo de quinze pessoas fez uma espera a um agente da PSP do Seixal à saída de um bar, em abril de 2016. O polícia, de 47 anos, foi alvo de murros, pontapés e até lhe foi arremessado um tijolo. Sacou da arma e, no meio da confusão, atingiu um suspeito numa perna. O mesmo homem, de 29 anos, que uma juíza de Almada deixou esta terça-feira em liberdade pela terceira vez.
Poucos dias após o espancamento, a PJ conseguiu chegar até a um casal de namorados e a um outro homem. Foram detidos por participarem nas agressões. Um deles foi quem provocou o agente ainda dentro do bar da Amora, atirando-lhe uma moeda e insultando-o.
Presentes a tribunal, a juíza determinou que ficassem em liberdade com a obrigatoriedade de se apresentarem periodicamente na polícia. O casal, contudo, nunca obedeceu às medidas de coação – ao contrário do terceiro suspeito. O Ministério Público, insatisfeito com a medida de coação e com o facto de os suspeitos não cumprirem as medidas impostas, recorreu, tendo sido emitidos posteriormente novos mandados, que a juíza considerou ilegais. Mais uma vez ficaram em liberdade.
As peripécias do processo chegaram ao Tribunal da Relação, que determinou nova emissão de mandados de detenção. A mulher apresentou-se voluntariamente, enquanto a PJ de Setúbal teve de se meter no terreno para localizar o outro agressor. Foi agora detido, presente ao mesmo tribunal, e voltou ter medidas suaves. Saiu novamente em liberdade, desta vez apenas com termo de identidade e residência.
PORMENORES
Várias agressões
Os agressores já têm um vasto ficheiro policial, em que constam agressões a polícias, a guardas prisionais e até a bombeiros. Contudo, nunca cumpriram pena de prisão por estes factos.
Recupera arma
No meio da confusão, a mulher entretanto detida conseguiu sacar a arma do agente, tendo este conseguido recuperá-la quando era agredido. Efetuou disparos para o ar e atingiu um agressor.
Hospitalizado
O polícia, que se encontrava de folga e dirigiu-se ao bar à hora de fecho – por conhecer o gerente –, foi hospitalizado com um braço deslocado, vários hematomas e teve de levar pontos na língua.
Fonte: CM