Areeiro, Estrela e Santo António, lideradas pelo PSD no concelho de Lisboa gastaram, no total, mais de um milhão de euros desde o início do mandato.
Segundo conta o Observador, as Juntas de freguesia do Areeiro, Estrela e Santo António, lideradas pelo PSD, fizeram avenças a militantes ou contrataram empresas de militantes em valores que totalizam mais de um milhão de euros.
Um dos presidentes de junta do PSD é Luís Newton, tesoureiro da concelhia de Lisboa. A relação com a oposição na Estrela tem sido conflituosa, já que o PS e PCP insistem na falta de transparência. Uma junta como a Estrela poderia ter cerca de 400 ajustes diretos publicitados no site Base.gov, mas tem apenas 22. Luís Newton esclareceu ao Observador que como são ajustes diretos inferiores a cinco mil euros, não são publicitados pelo site governamental. “A Junta de Freguesia da Estrela tem 116 contratos carregados no Portal Base, fui informado que só estão visíveis 22 contratos dado que os restantes são ajustes diretos simplificados”.
Luís Newton também contratou empresas de um outro militante e ex-candidato a uma junta de freguesia nas listas do PSD. A Credescor, empresa de construção que tem como sócio-gerente Adelino Wenceslau Crespo, candidato a presidente de junta da Freguesia de Campo de Ourique nas listas do PSD. A Credescor aparece na lista de contratação administrativa em dois contratos que, juntos, rondam os 100 mil euros e nenhum dos contratos aparece no Base.gov.
A Junta de Freguesia de Santo António é liderada por outro militante da mesma fação de Newton no PSD/Lisboa: Vasco Morgado, vice-presidente do Núcleo Ocidental do PSD/Lisboa que contratou a Ambigold por 49.442,74 euros para “realização de obras no Jardim Marcelino Mesquita”, na Praça das Amoreiras, noticia o Observador.
Na adjudicação a empresas lideradas por quem tem cartão de militante, Vasco Morgado contratou também a Heidelconsult, empresa de José Cal Gonçalves, militante do PSD que foi presidente da junta de freguesia dos Anjos.
A junta de freguesia do Areeiro, liderada por Fernando Braamcamp, também fez ajustes diretos de milhares de euros a empresas de militantes do PSD. Entre 2014 e 2017, a junta contratou a militante do PSD Mónica Clemente de Brito Leitão para “coordenação da área da Ação Social” da junta de freguesia do Areeiro. Contudo, no executivo da junta está a prima da contratada, Patrícia Brito Leitão, eleita nas listas do PSD. A junta pagou assim à militante e prima da dirigente 81.180 euros.
Fonte: Jornal Económico