O partido que retirou a confiança política a Joacine vai continuar a receber, mesmo que ela não represente mais o partido.
Esta coisa da democracia tem muito que se lhe diga. O estranho é que quando alguém já não “representa” um partido, que o partido nada mais telha a ver com aquela pessoa.
E não tem, na teoria. Na prática, continua a receber dinheiro do povo, pago pelos contribuintes.
Mais concretamente a subvenção pública para financiamento dos partidos políticos.
De acordo com o Poligrafo, “nas eleições legislativas de outubro de 2019, o partido Livre obteve um total de 57.172 votos, além de ter eleito uma deputada, Joacine Katar Moreira, cabeça-de-lista pelo distrito de Lisboa”.
De acordo com a mesma fonte, “mesmo depois de retirar a confiança política a Joacine Katar Moreira, ficando sem representação parlamentar, o facto é que o Livre vai continuar a receber a subvenção pública de 165 mil euros por cada ano da presente legislatura, na medida em que obteve mais de 50 mil votos”.
Mas o que é bom para o Livre não é bom para Joacine. É que como deputada não-inscrita, recebe apenas 57 mil euros e não os habituais 118 mil euros para a sua atividade política.
Quanto ao Livre, em termos partidários, nada muda… continuam a receber.