Cerca de 20% da população portuguesa apostou online durante os primeiros nove meses de 2021.
Esta é uma das principais conclusões do mais recente relatório sobre a atividade a atividade das apostas desportivas e jogos de fortuna ou azar online em Portugal publicado pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), entidade que supervisiona e regula a atividade de jogo online em Portugal e onde se pode perceber que, só nos primeiros nove meses do ano passado, o número total de apostadores, ou seja, aqueles que realizaram pelo menos uma aposta em jogos de fortuna ou azar ou em apostas desportivas online, ultrapassou os 2 milhões (2,075), mais 743 mil apostadores do que em igual período de 2020 (1,332).
Para este número, em muito contribuiu os 643,6 mil novos jogadores captados pelas operadoras de jogo online legalizadas em Portugal, como Betano, Placard, ESC Online, entre outras, ou valor superior em 199,1 mil novos jogadores do que o registado em igual período do ano passado (444,5 mil) e muito próximo dos 738,3 mil novos jogadores registados durante todo o ano de 2020.
Na base deste crescimento no número de apostadores estão fatores tão diversos como a maior literacia dos portugueses em relação à atividade do jogo online, a facilidade de apostar a partir de dispositivos móveis e o contributo que os bónus de experimentação que portais especializados e casas de apostas como por exemplo a Betano PT oferecem, a quem se está a iniciar na atividade dos jogos de fortuna ou azar e apostas desportivas online.
Perfil do apostador português
O apostador português típico tem entre 25 e 44 anos (61% do total de apostadores registados) e prefere as apostas desportivas online (39,9% dos apostadores).
Segundo os dados emanados do relatório do SRIJ, a faixa etária entre os 25 e os 44 anos é secundada pela etária dos 18 aos 24 anos com 21,9%, enquanto a faixa dos 45 aos 54 anos aparece em terceiro lugar com 11,8%.
Relativamente aos novos registos ocorridos durante o 3º trimestre, 64,2% dos registos pertence a jogadores com idade inferior a 35 anos.
Já em relação ao tipo de jogo preferido, os jogos de fortuna ou azar online obtiveram uma taxa de captação de 27,5% dos jogadores, enquanto os restantes 32,6% tiveram prática de jogo online em ambas as categorias, percentagens que, desde o último trimestre de 2020, indicam a ultrapassagem do número de jogadores que aposta em ambas as categorias em relação a quem aposta exclusivamente em jogos de fortuna ou azar.
Futebol e máquinas de jogo (slot-machines) lideram as preferências
Como não seria muito difícil de prever, o Futebol é a modalidade desportiva preferida dos apostadores portugueses na categoria de apostas desportivas online com 82,10%, enquanto no segundo lugar se encontra o Ténis com 13,29%, percentagem para que muito contribuiu a ausência da NBA, cujo campeonato só começou em finais de outubro.
Entre as competições que mais contribuíram para este resultado do Futebol encontram-se a Primeira Liga portuguesa e a UEFA Champions League com 10,1% do total do volume de apostas efetuadas na modalidade, seguidas da La Liga espanhola e a Premier League inglesa com, respetivamente, 5,1% e 4,4%.
Já no Ténis, o destaque vai para o Open dos Estados Unidos foi a competição onde se observou o maior volume de apostas (18,4%), a que se segue o mítico torneio Open de Wimbledon (8,4%).
Quando incidimos o ângulo de análise para a categoria de jogos de fortuna ou azar online, verifica-se que as Máquinas de Jogo (slot-machines) com uma quota de apostadores que ultrapassa os 77% (77,57%) são as que mais capam a atenção dos apostadores.
Nas posições seguintes, embora longe da percentagem obtida pelas slot-machines, encontramos a Roleta Francesa com longínquos 9,83%, seguida do Blackjack/21 com 5,22%, da Banca Francesa com 3,85% e, finalmente, do Póquer (não bancado e em modo torneio) com 3,51%.
100 mil jogadores autoexcluídos nos primeiros nove meses de 2021
Esta caraterização do universo dos apostadores portugueses não estaria completa sem uma palavra para o número de jogadores autoexcluídos durante o período em análise.
Assim, a 30 de setembro de 2021, e no total das entidades exploradoras, o número de jogadores autoexcluídos atingiu o número de 100,8 mil, o que significa que mais 7,2 mil jogadores do que no trimestre anterior e mais 38,7 mil do que no período homologo de 2020, decidiram autoexcluir-se da prática de jogos e apostas online.
De acordo com o relatório do SRIJ, esta variação trimestral explica-se pela autoexclusão da prática de jogos e apostas online de 18,4 mil jogadores e pelo término da autoexclusão de 11,2 mil jogadores.
À data do relatório, os jogadores autoexcluídos representavam cerca de 3,2% dos jogadores registados em todas as entidades exploradoras, valor superior em 0,3 p.p. comparativamente a igual período de 2020.