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Mil e setecentos milhões em PPP – Um poço sem fundo

1 700 000 000 – Mil e setecentos milhões de euros em Parcerias Público Privadas ruinosas: é quanto o Estado irá pagar em 2017.

Um terço do valor do IRC (imposto sobre rendimento das empresas) irá directo para este poço sem fundo.

Com o apoio do PS (de sempre), do PSD e dos CDS (cúmplices há anos deste descalabro) e agora também do Bloco de Esquerda e do PCP. O Bloco Central de Interesses cresceu e transformou-se no BLOCO TOTAL DE INTERESSES.

Paulo Morais

 

Vê ainda este post que fizemos anteriormente:

O Estado assumiu os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos. Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2035.

 José Sócrates foi, de entre os maus governantes que temos experimentado, dos que mais danos causaram ao país. A sua governação fica marcada por casos de corrupção e pela promiscuidade entre interesses privados e gestão pública.
O facto de hoje Sócrates ser perseguido pela Justiça não surpreende. O que admira é que os seus cúmplices ainda não tenham sido incomodados.
Foi Sócrates quem levou o país à bancarrota, não por má gestão ou pela crise internacional, mas porque celebrou negócios ruinosos para o Estado.
Foi no seu consulado que se contratou a maioria das parcerias público-privadas (PPP). Neste modelo de negócio, o Governo garantiu aos seus concessionários rentabilidades milionárias a troco de risco… zero! O Estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos. Com as PPP, Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2035.
Foi ainda da sua responsabilidade a estatização do BPN, banco que integrava o grupo SLN (Sociedade Lusa de Negócios). Este grupo gravitava na órbita do PSD de Dias Loureiro e Oliveira e Costa, mas foi nacionalizado por Governo do PS, que propôs a sua estatização, assumindo prejuízos de cerca de sete mil milhões. Nesta operação, os accionistas da SLN mantiveram intacto até hoje o seu património milionário.
Ao longo desses anos, Sócrates beneficiou despudoradamente alguns grupos económicos. Saído do Governo, e sem quaisquer rendimentos pessoais, o ex-primeiro-ministro ostentava uma vida de opulência, vivendo na zona chique de Paris, deslocando-se em carros de luxo.Quem lhe garantia os recursos económicos eram empresários ligados ao grupo Lena. Grupo que, no tempo dos Governos de Sócrates, tinha deixado de ser um grupo empresarial de média dimensão, para ascender à condição de maior fornecedor do Estado. 

A Justiça decidiu – e bem! – investigar estas trocas de favores. Sócrates será, em breve, acusado e julgado. Seja qual for o veredicto, e independentemente da forma como passar à história (como vilão ou como vítima), para mim Sócrates será sempre culpado pelo enorme dano que causou a Portugal.

Paulo Morais (CM2015)
Professor universitário