O empresário Emídio Catum, um dos grandes devedores do BPN, apresentou um pedido de insolvência, apelando ao perdão da dívida que não conseguir pagar nos próximos cinco anos. O Tribunal aceitou o pedido do milionário que deve 697 milhões de euros.
A notícia é avançada pelo jornal Correio da Manhã (CM) que sustenta que o pedido de perdão de dívida apresentado por Emídio Catum, no âmbito do seu processo de insolvência, vai ser reavaliado daqui a cinco anos.
O empresário de Setúbal tem uma dívida global da ordem dos 697 milhões de euros, de acordo com o jornal. Os seus maiores credores são Bancos, a começar pelo antigo BPN.
Cerca de 350 milhões de euros da dívida de Catum estão nas mãos da Parvalorem, uma das sociedades públicas que gere os activos tóxicos do BPN.
As dívidas de Catum ao antigo BPN estão relacionadas com as empresas Pluripar, Paprefu e Domurbanis que contam também com a participação de Fernando Fantasia, elemento que integrou a Comissão de Honra da candidatura presidencial de Cavaco Silva, em 2011.
O Novo Banco tem a receber quase 170 milhões de euros do empresário e o BCP cerca de 100 milhões de euros, de acordo com dados do CM.
Emídio Catum só tem um apartamento no seu nome que está avaliado em 53 mil euros, além de ter 10.500 euros no banco e uma reforma de 3601 euros por mês, segundo o mesmo jornal.
O empresário de Setúbal é conhecido por ter sido o mentor do projecto Vale da Rosa que previa resolver de vez a crise financeira do Vitória de Setúbal, com a troca de terrenos do clube e a construção de uma urbanização e de um novo estádio.
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