Mais uma injeção de capital ao abrigo do acordo de venda do Banco. Este ano vão ser mais de 700 milhões de euros.
Os contribuintes vão novamente ser chamados a desembolsar, de forma indireta, este banco.
Este é um valor superior à necessidade inscrita pelo Governo no Programa de Estabilidade (600 milhões de euros).
Foi o Jornal Económico que informou recentemente que as contas do terceiro trimestre do ano corrente para o Novo Banco não estão, como os meses anteriores, a correr bem. Falamos essencialmente do montante de capital estimado que já é superior a 640 milhões de euros.
De acordo com o referido jornal, “a informação foi confirmada ao Jornal Económico por diversas fontes próximas a este processo que dão conta da necessidade do Novo Banco acelerar a redução do rácio de NPL (non-performing loans, ou crédito não produtivo), estimando-se uma injeção de capital superior a 700 milhões de euros no próximo ano”.
Mas afinal, como funciona isso da reestruturação? O Observador explica, dando como exemplo uma casa:
“O Lone Star comprou um banco em reestruturação e ainda com muitos problemas para resolver, mas negociou uma proteção junto do vendedor, o Fundo de Resolução, que manteve uma participação de 25% no Novo Banco. Seria como comprar uma casa tendo a forte suspeita de que a há infiltrações na cave — para evitar comprar a casa e, logo de imediato, suportar todos os custos da reparação da cave, negoceia-se com o vendedor (que neste caso mantém 25% da propriedade da “casa”) um valor máximo pelo qual este se responsabiliza, caso as infiltrações afetem a estabilidade da habitação”.
No fundo, estamos a pagar pela “cave” da casa que alguém geriu mal.