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Novo Banco vai pedir mais de mil milhões ao Fundo de Resolução em 2019

Mais um ano. Mais uma voltinha na injeção de capital por parte do povo. Este ano o valor será recorde: mais de mil milhões de euros.

O banco liderado pelo banqueiro António Ramalho prepara-se para apresentar os seus resultados, o que normalmente ocorre no dia 1 de março. Além da apresentação, esta vem sempre acompanhada de um pedido ao Fundo de Resolução (um organismo público que tem contribuições dos bancos mas que tem “vivido”, para já, sobretudo com empréstimos públicos). Este ano, o valor será recorde: segundo o Jornal Económico, mais de mil milhões de euros.

Esta injeção é pedida para recuperar de alguns ativos identificados como problemáticos na altura em que o Novo Banco foi vendido à Lone Star. O valor solicitado é na ordem dos 850 milhões.

O estado, através do Tesouro, apenas está autorizado a emprestar um máximo de 850 milhões de euros por ano, por isso há que arranjar outra solução.

O Fundo de Resolução terá que mobilizar recursos internos, que vêm da contribuição que outros bancos fazem para o fundo. Ou seja, são também os outros bancos a financiar o Novo Banco que, quando se “separou” do “banco mau”, era algo que não iria trazer prejuízo para o cidadão.

Alias, o acordo de venda do Novo Banco prevê que as injeções somem no máximo 3.87 mil milhões de euros, um valor que na altura o Governador do Banco de Portugal disse nunca ser utilizado na totalidade mas que há medida que os anos passam se torna evidente que será utilizado cada vez mais até ao último cêntimo.

“A recapitalização do banco é determinada depois de auditadas as contas e em função do que é o nosso projeto, completamente acordado entre todas as partes, no sentido de reforçar a instituição que tinha um processo de resolver legados que queremos que seja o mais rápido possível”, disse António Ramalho ao Observador, acrescentando que desse modo o Novo Banco será “mais eficiente para o sistema financeiro português” e cumprirá melhor o seu papel de banco de empresas.