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Portugal é o país da Europa com o gás mais caro e o segundo no preço da luz

Em termos de paridade do poder de compra, Portugal tem os preços mais elevados da União Europeia no gás e ocupa o segundo lugar no preço da luz.

Logo a seguir à Alemanha, Portugal é o país da União Europeia que tem os preços mais elevados de eletricidade, de acordo com os dados divulgado esta quarta-feira pelo Eurostat. Os números do gabinete de estatística de Bruxelas mostram que, em termos de paridade do poder de compra, e por comparação com o preço de outros bens de consumo, Alemanha, Portugal, Bélgica, Roménia e Polónia são os países onde os consumidores mais pagam pela luz ao final do mês. No extremo oposto estão países como Finlândia, Luxemburgo e Holanda.

De acordo com o Eurostat, os preços da energia na União Europeia mantiveram-se estáveis em 2017, quando comparados com o ano anterior, com uma redução mínima de 0,2% na eletricidade e de 0,5% no gás.

Em média, no segundo semestre de 2017, os portugueses pagaram 22,3 euros por cada 100 kWh de eletricidade, o que mesmo assim representou uma descida de 3% face ao período homólogo de 2016. No mesmo período, a Alemanha pagou 30,5 euros pelos mesmos 100 kWh, a Dinamarca pagou 30,1 euros, a Bélgica ficou nos 28,8 euros e a Irlanda 23,6 euros. Na União Europeia o preço médio da eletricidade foi de 20,5 euros, diz o Eurostat.

Em relação à percentagem de impostos e outras taxas que pesa sobre o preço médio da luz em Portugal chega aos 52% (a terceira mais elevada da União Europeia e bem acima da média de 40% dos 28 estados-membros), ou seja, mais de metade da conta paga pelos consumidores ao final do mês diz respeito à carga fiscal. Só a Dinamarca (69% de impostos) e a Alemanha (55%) estão acima de Portugal nos impostos refletidos no preço da eletricidade. Também nos preços do gás Portugal está no pódio dos preços altos, e logo no primeiro lugar, em termos de paridade do poder de compra, seguido por Espanha, Itália, Suécia e República Checa. Luxemburgo, Reino Unido e Bélgica são os que pagam menos, por comparação com os preços de outros bens de consumo. Entre junho e dezembro do ano passado os portugueses pagaram 8 euros por cada 100 kWh de gás, o que equivaleu a uma descida de 2% nas tarifas. Face a uma média europeia de 6,3 euros por kWh, a Suécia pagou muito acima, nos 11,3 euros, a Dinamarca pagou 8,8 euros, Espanha e Itália ficaram nos 8,7 euros e a Holanda nos 8,2 euros. Os impostos e taxas pesam 27% nos preços cobrados na fatura do gás aos consumidores portugueses, em linha com a média europeia.

A carga fiscal sobre o gás e mais elevada na Dinamarca (56%), Holanda (51%) Suécia (43%) e Roménia (43%). Do lado dos preços mais baixos da eletricidade na Europa estão países como a Bulgária (9,8 euros por 100 kWh), Lituânia (11,1 euros) e a Hungria (11,3 euros). Malta é o país com menos impostos refletidos nas tarifas da luz: apenas 5%. Apesar da tendência para os preços s e manterem estáveis, de acordo com o Eurostat, o Chipre registou um aumento de 12,6% no preço da luz, seguido pela Roménia (+7,2%), Malta (+7,1%), Estónia (+6,5%), Reino Unido (+5,3%), Bulgária e Bélgica (+4.8%) e Polónia (+4,5%). Em Itália as tarifas desceram 11,1%, e na Croácia (-7,5%), Eslováquia (-6,2%) e Grécia (-6%) também. No gás, as faturas mais baixas encontram-se na Roménia (3,1 euros por 100 kWh), Croácia e Hungria (3,7 euros), Bulgária (3,8 euros), Letónia (3,9 euros), Lituânia e Luxemburgo (4 euros). Reino Unido (9%) e Luxemburgo (10%) são os países com menor percentagem de carga fiscal nos preços do gás. De 2016 para 2017, os preços do gás caíram em 10 países europeus, refere o Eurostat, com as quedas mais acentuadas registadas na Eslovénia (-5,5%), Alemanha (-5,1%) e Luxemburgo (-4,8%). Em contraste, subiram na Estónia (+25,9%), Bulgária (+20,6%) e Dinamarca (+18,1%).

Fonte: Dinheiro Vivo