Em experiências com ratos o tratamento do melanoma tornou-se eficaz. A equipa é composta por cientistas Portugueses e Israelitas.
Esta é uma estratégica para melhorar a resposta imunitária do organismo humano contra cancro e VIH (sida).
A combinação de uma nanovacina e dois anticorpos e um fármaco foi o ingrediente essencial para esta descoberta.
Os primeiros testes mostram “notável inibição do crescimento do tumor” e a estratégia já está a ser pensada para outro tipo de cancros além do melanoma.
Os detalhes vão ser publicados, segundo o Publico, na revista Nature Nanotechnology.
“Conseguimos aumentar significativamente a sobrevida dos animais com melanoma”, constata Helena Florindo, investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Disse ainda que “a vacina tem no seu interior péptidos, pequenas sequências de aminoácidos, que são como se fosse um marcador que só existe à superfície das células tumorais”.
Este é um trabalho conjunto da Faculdade de Medicina da Universidade de Telavive, que mostra um método mais simples que as complexas imunoterapias que existem atualmente no mercado.
“Como produto, esta vacina poderá vir a ser simplesmente injectada no doente”, confirma Helena Florindo.
Embora seja preciso algum tempo para permitir perceber se esta vacina pode ser usada no tratamento de cancro com humanos, pois os cientistas estão a testar apenas em ratos de laboratório, esta é uma boa descoberta com um cunho Português.
Cada cancro tem o seu padrão de tratamento diferente pelo que esta terá que ser adaptada a cada tipo de cancro, mas Helena Florindo sublinha que “esta nanovacina não tem como alvo directo as células tumorais, mas usa o nosso sistema imunitário para conseguir a destruição selectiva das células do tumor”.