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Prejuízo histórico de 1,4 mil milhões obriga a injeção do Estado no Novo Banco

Imparidades causam prejuízo histórico de de 1.395 milhões de euros, que implica empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução. Banco acumula prejuízo de 3,5 mil milhões desde a criação.

O Novo Banco (NB) registou, em 2017, mais de 2 mil milhões de euros em imparidades (diferenças entre o valor inicialmente esperado de um ativo e uma reavaliação, em baixa, desse ativo). O valor inclui 1.229 milhões para créditos, 398 milhões para operações em descontinuação e 134 milhões para restruturação.

Foi esta a principal razão, sublinhada pelo presidente António Ramalho, para o prejuízo histórico de 1.395 milhões de euros em 2017. (No ano anterior o resultado foi também negativo, mas muito menor: atingiu 788 milhões de euros).

Fundo de Resolução injeta 792 milhões

Ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente (negociado com a Lone Star na operação de venda e segundo o qual o Fundo de Resolução fica obrigado, se o rácio de capital cair abaixo de 12,5%, a injetar capital na instituição), o Fundo de Resolução vai ser obrigado a injetar 791,7 milhões de euros no banco.

O resultado operacional foi positivo em 341,7 milhões, mas inferior em 45 milhões ao de 2016.

Redução de balcões e pessoal vai continuar

O Novo Banco fechou o ano com 473 agencias (-64 do que em 2016) e 5488 trabalhadores (-608 do que no ano anterior).E vai continuar esse trajeto de redução: na conferência de imprensa para apresentar os resultados, o presidente António Ramalho explicou que o pbjetivo é reduzir cerca de 73 agências, até atingir um total de 400, e chegar a acordo para a saída de 400 funcionários.

Em 2017 o Fundo de Resolução, financiado pelo sistema bancário, vendeu 75% do capital do Novo Banco ao fundo americano Lone Star, mantendo 25% da instituição.