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Presidente de Câmara vai indemnizar-se a si próprio

Na Câmara Municipal de Vieira do Minho guarda-se dinheiro para indemnizar o próprio presidente. A oposição não se conforma.

 “Usar um cargo público em benefício próprio” é como a oposição socialista caracteriza a atitude de António Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho pelo PSD. Em causa está uma verba de 30 mil euros prevista no orçamento da autarquia.

Tudo começou quando, há seis anos, António Cardoso era funcionário da Câmara Municipal. Chegado o momento das avaliações de desempenho, António estava confiante num “muito bom”, mas o autarca de então ofereceu-lhe apenas um “bom” – impedindo-o de progredir na carreira e aumentar o escalão de vencimento.

Munido do argumento de que o antigo presidente da câmara teria “violado a lei” ao alterar, “ilegalmente”, os critérios da avaliação de desempenho, António Cardoso avançou para tribunal e pediu uma indemnização.

Seis anos passados, o processo judicial ainda não está concluído. Entretanto, António Cardoso venceu as eleições autárquicas e assumiu os comandos de Vieira do Minho – estava aberta a janela de oportunidade para resolver o seu próprio caso.

No orçamento municipal para 2016, António Cardoso prevê uma verba de 30 mil euros para pagar as custas judiciais e para se indemnizar a si próprio, concluindo assim o processo que ele próprio despoletou. A oposição, no entanto, fala em abuso de poder e deixa duras críticas ao autarca, que acusa de se aproveitar do cargo que ocupa para satisfazer interesses próprios.