O novo líder do Eurogrupo, que junta os ministros das Finanças da Zona Euro, não tirou o mestrado em Ciências Empresariais na Universidade College Cork, na Irlanda. Fez, apenas, investigação na área com vista a alcançar essa graduação.
Jeroen Dijsselbloem, o ministro holandês das Finanças, teve de alterar esta indicação do seu curriculum vitae. Quando assumiu a sua função, os dados da sua vida pessoal e da sua formação indicavam a frequência de tal mestrado, que, na verdade, não concluiu. Segundo a universidade irlandesa, em causa esteve apenas um programa de intercâmbio da Cork com a faculdade dos Países Baixos que Dijsselbloem frequentava.
A história é contada pelo irlandês “Sunday Independent”, que sublinha que foi empreendida uma investigação interna que confirmou que o mestrado não foi concluído.
O Banco Europeu de Investimento, uma das entidades a quem foi enviado o curriculum do holandês quando este assumiu a presidência do Eurogrupo, defendeu, através de um porta-voz, que esta diferença nos currículos resulta de “questões relativas a tradução”, sublinhando que a correcção foi feita logo que o caso foi conhecido.
Dijsselbloem sucedeu a Jean-Claude Juncker na liderança do Eurogrupo no final do ano passado, tendo sido o centro das notícias quando causou turbulência nos mercados ao afirmar que o resgate a Chipre – com o envolvimento dos depositantes no financiamento do país – seria um exemplo a seguir nos outros resgates na região.
O holandês esteve em Dublin, capital irlandesa, na semana passada, onde decorreu o Eurogrupo que decidiu a aprovação da extensão dos prazos de vencimento dos empréstimos a Portugal e Irlanda – estando condicionada, no caso português, às medidas que vão compensar o chumbo do Tribunal Constitucional.
Fonte: Jornal de Negócios