web analytics
Compartilhe no Facebook

PS deve nove milhões de euros à banca

Socialistas fazem um esforço para reduzir endividamento bancário em quase 2,5 milhões de euros.

O PS vai encerrar o ano com uma dívida à banca de cerca de nove milhões de euros. Um dos bancos credores dos socialistas é o Novo Banco, com o qual o PS acaba de transformar um crédito de curto em longo prazo, no valor de dois milhões. Luís Patrão, secretário nacional para a organização do PS, afirma ao CM que esta operação com o Novo Banco, realizada no final do mês passado, “foi uma medida de gestão interna destinada a reduzir o esforço financeiro do partido.”

A manter-se a previsão do endividamento à banca, o PS reduzirá a dívida aos bancos em cerca de 2,5 milhões de euros em 2017. Luís Patrão garante que “o esforço é não fazer nova dívida e reduzir os custos operacionais do partido.”

A 30 de novembro passado, o PS celebrou com o Novo Banco duas operações de crédito: uma no valor de 1,5 milhões de euros e outra no montante de 500 mil euros, num total de dois milhões de euros. O primeiro destes dois créditos, por exemplo, passou a ter um prazo de cinco anos, sendo a taxa de juro anual efetiva de 3,0416%.

Segundo a escritura a que o CM teve acesso, o PS deu como garantia destes créditos um conjunto de 27 imóveis dispersos na zona de Lisboa, Centro e Norte do País. Com valores atribuídos entre 6900 euros, no caso de uma garagem no Seixal, e 85 800 euros, no caso de um armazém na Azambuja, os 27 imóveis têm um valor global superior a 1,16 milhões de euros.

O PS autoriza “o banco a reavaliar os imóveis ora hipotecados nesta escritura, quando o mesmo achar oportuno, podendo, para tal, debitar o montante do custo da reavaliação e demais despesas inerentes na referida conta de depósito em nome do partido”, refere o documento.

Luís Patrão frisa que, por via da renegociação dos créditos com a banca, o PS tem, neste momento, apenas dois empréstimos de curto prazo, no total de 2,5 milhões de euros

PORMENORES 
20,7
milhões de euros era o valor total do passivo do PS, no final de 2016. Era o passivo mais elevados dos partidos com representação parlamentar. Os socialistas tinham também um ativo total superior a 14,7 milhões de euros.

Contas anuais
Os partidos políticos têm de apresentar todos os anos, até ao final de maio, os relatórios e contas na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP). É esta entidade que tem a responsabilidade de fiscalizar as contas partidárias.

Fonte: CM