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Regras de limpeza para os transportes públicos não previnem a contaminação por coronavírus

As regras do Governo são insuficientes para a limpeza efetiva dos transportes e a segurança das pessoas. Se puder, evite utilizar transportes públicos.

Quem o diz é Ricardo Parreira, professor de virologia no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, entrevistado pelo site Poligrafo:

“Não há nenhum composto com atividade repelente. O que nós fazemos é limpar tudo outra vez, diariamente, porque temos de partir do princípio de que tudo o que estava limpo no dia anterior está potencialmente contaminado”, reforça o virologista, que sublinha que  “não fazemos a mínima ideia sobre quem, das pessoas que entraram no nosso táxi ou autocarro, estava contaminado”.

Ou seja, com efeito prático, se um autocarro for desinfetado pelas 8h da manhã e pelas 12h um passageiro com COVID-19 estiver sentado ou tocado na superfície (tenha ou não sintomas, ou pré-sintomas), a partir daí e até ao resto do dia aquela superfície do autocarro está contaminada.

E depois será, com este exercício teórico, limpo apenas pelas 8h do dia seguinte.

Isto simplesmente não é eficaz.

“Temos de repetir este processo de uma forma absolutamente continuada porque qualquer um de nós que vá à rua, que toque num puxador de uma porta, num varão de um autocarro, numa tecla de um multibanco, o que for, tem de partir do princípio de que todas essas superfícies são potenciais focos de infeção”, conclui Ricardo Parreira.

O que é eficaz é o uso de máscaras, na redução do contágio mas nunca na eliminação deste. Desinfetar as mãos também ajuda, e bastante!

Lembramos que produtos como lixívia diluída, etanol diluído ou água oxigenada podem ajudar a desinfetar na limpeza, mas não têm qualquer ação repelente ao vírus.