Os vencedores do primeiro Orçamento Participativo do país de 2017 foram há dois anos, mas só agora alguma pessoas ficaram a saber disto.
Um dos vencedores permitia inserir a cultura tauromáquica na lista de Património Cultural Imaterial de Portugal, ao abrigo da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, chamava-se “Tauromaquia, Património Cultural de Portugal” e foi um dos mais votados.
Este projeto recebeu assim 200 mil euros, numa proposta que teve a criação da Associação Nacional de Tertúlias Tauromáquicas e teve o apoio da Prótoiro – Federação Nacional de Tauromaquia.
De acordo com o Polígrafo, consiste em dar início a um processo de inventariação e classificação dos “elementos relevantes que caracterizam a cultura tauromáquica”, efetuado por especialistas: dois antropólogos, um sociólogo e um economista.
Já em 2018 ganhou mais um projeto do mesmo estilo, ou seja, um projeto para a promoção da tauromaquia e a candidatura à classificação da UNESCO como vencedor, tendo recebido 50 mil euros de fundos públicos.
“Uma sociedade informada e conhecedora da sua cultura e valores é uma sociedade mais tolerante, diversa e evoluída. Como afirma a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO 2002), ‘a diversidade cultural é, para o género humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza'”, lê-se na descrição do projeto “Tauromaquia para Todos”.
Em suma, foram mais de 200 mil euros gastos nos orçamentos deste género para as touradas.