Socialistas justificam recuo na nova taxa no sector energético com possíveis “impactos reputacionais e jurídicos” da litigância com grandes empresas. Bloquistas dizem que explicações do PS são contraditórias, deputados do PS criticam volte-face na votação
A contribuição extraordinária sobre renováveis proposta pelo Bloco de Esquerda e chumbada na segunda-feira pelo PS – depois de numa primeira votação os socialistas terem viabilizado a medida – poderia representar uma poupança de 40 euros anuais por cada um dos 6 milhões de clientes de eletricidade, a acrescer à redução de 0,2% que o regulador da energia já propôs para 2018 (e que retirará à fatura da eletricidade 9 cêntimos por mês ou 1,08 euros no ano todo).
A proposta dos bloquistas, que acabou por ficar fora do Orçamento do Estado para 2018, traduzir-se-ia na cobrança às empresas de energias renováveis de mais de 250 milhões de euros por ano, para abater à dívida tarifária. “Não é aceitável que o setor renovável continue isento de qualquer contributo para reduzir a dívida tarifária e os custos energéticos das famílias, sobretudo quando beneficia de prioridade no escoamento da produção e de vultuosos subsídios”, lia-se na proposta dos bloquistas.
Fonte: Expresso